Outubro 2025

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Poema da Semana

"O propósito do teatro é fazer o gesto recuperar o seu sentido, a palavra o seu tom insubstituível, permitir que o silêncio, como na boa música, seja também ouvido, e que o cenário não se limite ao decorativo e nem mesmo à moldura apenas – mas que todos esses elementos, aproximados de sua pureza teatral específica, formem a estrutura indivisível de um drama."

Clarice Lispector

TM ACOLHIMENTO
As Crianças Loucas

16 jun a 4 jul 2021
qua a sáb, 20h
dom, 18h

Teatro Meridional, Lisboa

2h30
M/12

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sinopse

LISBOAWOOD é um espectáculo onde a cidade é palco para a história de uma jovem cheia de planos para o futuro, uma antiga geladaria, um circo errante e uma burocracia deliciosamente terrível. Nesta ópera-rock original de João Cachola e ZARCO, com 22 almas primaveris em cena, o teatro enche-se de música e luta por um futuro melhor!
Este é o segundo espectáculo d’As Crianças Loucas.


SOBRE O ESPETÁCULO

LISBOAWOOD é a segunda criação d’ As Crianças Loucas e tem como tema principal a situação actual da cidade de Lisboa e dos seus cidadãos.
Graças à forte afluência turística que se tem sentido nos últimos anos, a gentrificação da cidade tem-nos obrigado a mover e adaptar a um ritmo alucinante e descontrolado. Se por um lado o movimento é benéfico, por colocar Lisboa nas bocas do mundo como um paraíso na Europa, obrigando-nos a reinventar, repensar e restaurar a cidade e suas infra-estruturas tendo em vista a sã convivência dos que vêm de fora com os que já cá estavam; por outro resulta no término de negócios locais, o decréscimo do nível de qualidade de vida, o despejo dos habitantes do centro histórico e a subida exponencial do arrendamento e compra de casa.

Este é o momento ideal para reflectir acerca do nosso lugar na cidade enquanto jovens e artistas: qual o papel de cada um no meio de tudo isto? Para onde vão os jovens que ingressam agora no mercado de trabalho?

«OS PRÉDIOS CHEIOS COM AS MULTIDÕES QUE CEDO ACORDAM E APANHAM TRANSPORTES E VESTEM FARDAS E FATOS E TARDE CHEGAM A CASA.»

O espectáculo pretende ser um símbolo alegre apesar da tormenta, a juventude e o vigor a par da dificuldade em criar raízes. Fala ao mesmo tempo da revolta que sentimos e do desejo de levar os nossos projectos e ideias a bom porto, mas também e, talvez, acima de tudo, do amor que temos pela cidade e da vontade de viver nela. Queremos continuar a construir um universo próprio, multidisciplinar, onde um grupo de jovens de diferentes áreas — teatro, música, dança, artes plásticas, moda, cinema e fotografia — se reúne para criar um objecto artístico único, capaz de transmitir a energia e jovialidade características da idade e que possa ser, ao mesmo tempo, transversal a todas.

Com uma forte componente musical, um espírito jovem e energia vibrante, LISBOAWOOD é uma ficção hiperbolizada e surrealista do panorama lisboeta actual, com texto original e direcção de João Cachola, que assina com a banda ZARCO a composição da banda sonora, e cujo elenco conta com 22 jovens intérpretes — 17 actores e 5 músicos — para dar vida à cidade do futuro.

ficha técnica

texto e direção João Cachola
música original ZARCO (Fernão Biu, Gastão Reis, João Sala, Joe Sweats e Pedro Santos) e João Cachola
interpretação Catarina Rabaça, Cirila Bossuet, Fernão Biu, Gonçalo Bicudo, Guilherme Moura, Inês Pires Tavares, Inês Realista, João Arrais, João Cachola, João Sala, Joe Sweats, Lara Matos, Lara Mesquita, Miguel Galamba, Pedro Santos, Raquel Oliveira, Rodrigo Tomás, Sílvio Vieira, Soraia Tavares, Vasco Batista, Vicente Gil e Vicente Wallenstein
assistência Constança Villaverde Rosado cenário André Camaleão, Constança Villaverde Rosado e João Camil figurinos Madalena Martins
desenho de luz Paulo Santos operação de luz Diana Santos desenho de som e operação Diego Salema Reis
produção Flávia Duarte assistência de produção Catarina Rabaça e Vicente Wallenstein
comunicação Henrique Mota Lourenço design gráfico André Camaleão e João Camil fotografia de cena Leonor Fonseca vídeos António Mendes e Bárbara Sales

produção As Crianças Loucas coprodução Teatro Meridional
apoios Fundação GDA, Câmara Municipal de Lisboa, IPDJ, Pólo Cultural das Gaivotas, LARGO Residências, Causas Comuns, Teatro do Eléctrico, Cuca Monga

AS CRIANÇAS LOUCAS

As Crianças Loucas são uma companhia de teatro portuguesa fundada por João Cachola e Vicente Wallenstein a trabalhar em Lisboa desde 2017.

Tem como missão reunir artistas de diferentes áreas, com o objectivo de desenvolver e produzir objectos artísticos com autorias diversificadas, promovendo o trabalho destes mesmos artistas. Pretende ser uma plataforma de criação artística organizada horizontalmente, que produz espectáculos, performances, música, filmes e exposições. Por isso trabalha com actores, músicos, artistas plásticos, designers, cenógrafos, figurinistas, iluminadores, fotógrafos, realizadores e técnicos de cinema.

O primeiro espectáculo da companhia, “E todas as crianças são loucas”, estreou em Dezembro de 2017 na Escola de Mulheres – Oficina de Teatro. Seguiram-se as reposições no CAL (Centro de Artes de Lisboa) – Primeiros Sintomas, em 2018, e no Teatro Nacional Dona Maria II, no âmbito do Ciclo Recém-Nascidos, já em 2019. O segundo espectáculo, “Lisboawood”, estreou em Junho de 2021 no Teatro Meridional, e conta com a participação da banda ZARCO.

Paralelamente, como forma de desenvolvimento, investigação e promoção, apresentaram diversas iniciativas: leituras encenadas, concertos, festas, telediscos, exposições de pintura, desenho, ilustração, escultura e fotografia.

Actualmente, As Crianças Loucas são António Mendes, Bruno Ambrósio, Catarina Rabaça, Constança Villaverde Rosado, Fernão Biu, Flávia Duarte, João Cachola, João Sala, Madalena Martins, Raquel Oliveira, Rodrigo Tomás, Sílvio Vieira e Vicente Wallenstein.

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