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Poema da Semana

"O propósito do teatro é fazer o gesto recuperar o seu sentido, a palavra o seu tom insubstituível, permitir que o silêncio, como na boa música, seja também ouvido, e que o cenário não se limite ao decorativo e nem mesmo à moldura apenas – mas que todos esses elementos, aproximados de sua pureza teatral específica, formem a estrutura indivisível de um drama."

Clarice Lispector

27 out a 11 dez 2005

Teatro Meridional, Lisboa

60 min
M/12

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sinopse

Há 93 anos, Franz Kafka começou a escrever América, um romance que nunca chegaria a acabar. Nele, um jovem rapaz mandado de castigo para o país das grandes oportunidades não hesitou entrar para um Teatro que aceitava todo aquele que ali quisesse trabalhar. A sua motivação nada tinha que ver com uma arte que, na realidade, até ignorava. Ele não hesitou porque era bem-vindo. E assim partiu para Oklahoma, para o desconhecido, para a utopia. Há 23 anos, estreou no Municipal de Sabadell (Barcelona) o espectáculo El Gran Teatro Natural de Oklahoma, com dramaturgia e encenação de José Sanchis Sinisterra. O Teatro Fronterizo estava ainda no romper da sua actividade e o autor valenciano explorava o sentido de uma teatralidade ainda amarrada a estruturas dramatúrgicas há muito instaladas. A fronteira entre textualidade e teatralidade revelava-se o eixo de todas as suas propostas e destas incursões puderam nascer espectáculos que se constituíram mais tarde referência obrigatória na renovada dramaturgia ocidental. Ñaque, ou sobre piolhos e actores e Ay, Carmela!, são disso o melhor exemplo, apenas para citar os mais conhecidos. Há cerca de 11 anos, assisti na Sala Novas Tendências Cénicas, na Comuna, à estreia de Ñaque, pelo Teatro Meridional, naquele que deverá ter sido um dos mais luminosos dias da minha vida de espectador. Há mais ou menos 5 horas, terminei no novo Espaço da Mitra o ensaio 28 de O Grande Teatro de Oklahoma envolto na mais feliz de todas as condições: dançar à beira do abismo. No caso, estando a proposta original do espectáculo de J. Sanchis Sinisterra contrariada, para que se mantivesse fiel ao público de hoje, vai-se erguendo de dia para dia um espectáculo novo, com tudo o que a empresa arrasta consigo de angustiante ou excepcional. Esta versão cénica comprimiu ainda mais a dramaturgia inicial, não apenas através de sínteses no jogo da verbalidade, mas por intermédio de uma redução drástica da área de representação, agora um estrado de 4 x 4. Assim, abriu–se mais campo aos gestos, às acções e aos movimentos e aceleraram-se dinâmicas nas relações entre as personagens e entre estas e o público. Também a ficcionalização dos próprios espectadores no discurso narrativo da peça (uma das marcas da proposta de 1982), caiu, dando assim possibilidade ao derrube da quarta parede, que estava dissimulada nesta opção. Actores e espectadores colocam–se frontalmente, olhos nos olhos, expondo o encontro à necessidade de se constituírem, de forma ainda mais derradeira, participantes activos de um encontro. Não sei o que será do futuro, quando este texto estiver impresso e o espectáculo em cena. Danço à beira do abismo porque apenas tenho garantida uma viagem para o desconhecido. Porque o ensaio 28 trouxe pequenas dúvidas e raras certezas, olhos a brilhar e exasperações, sustos em silêncio ou admirações sobressaltadas. Se a beira do abismo não fosse mesmo para dançar, de olhos fechados, de sorriso estampado, o que estaria a fazer aqui? Pela viagem impossível de K. ao Grande Teatro de Oklahoma, pelas explorações de J. Sanchis Sinisterra no seu Teatro Fronterizo e pelo magnífico Ñaque, ou sobre piolhos e actores do Teatro Meridional que me ensinou que os espectadores são a lua e os actores as crateras que, vistas daqui de baixo, lhe fazem um rosto humano.

ficha técnica

Autor J. Sanchis Sinisterra a partir de Franz Kafka
Tradução Luís Vasco
Versão Cénica e Encenação Nuno Pino Custódio
Assistência Artística Miguel Seabra e Natália Luíza
Interpretação Carla Maciel, Pedro Diogo, Rita Calçada, Romeu Costa e Wagner Borges
Espaço Cénico e Figurinos Marta Carreiras
Arquitectura do Lugar de Espectáculo Rui Francisco
Música Original e Espaço Sonoro Fernando Mota
Desenho de Luz Miguel Seabra
Registo de Vídeo Patrícia Poção
Caracterização Nuno Elias
Taiji Qigong Pedro Rodrigues
Design Gráfico João Nuno Represas
Realização de Figurinos Piedade Antunes e Lurdes Gonçalves
Fotografia de Cena Patrícia Poção e Rui Mateus
Montagem e Operação José Manuel Rodrigues
Montagem do Lugar de Espectáculo Alexandre Araújo, João Paulo Araújo, Abel Duarte, Luis Carrilho, Luís Cristo e Paulo da Costa
Assistência de Espectáculo Alberta Santos
Consultadoria Diogo Salema da Costa
Comunicação Maria Schiappa
Direcção de Produção Mónica Almeida
Produção Teatro Meridional e Associação Meridional de Cultura

Agradecimentos Álvaro Pato, Ânimo Leve, Arminda Vaz, Gina Pato, Lia Morais, Madalena Victorino, Manuela Almeida, Maria Gonzaga, Marta Chaves, Rita Paquete, Rui Calapez, Rui Sérgio, Teatro da Trindade/Inatel e Teatro O Bando | Apoios Câmara Municipal de Lisboa, Marina Cruz e Great Lengths

fotografias de cena

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Carla Maciel
Pedro Diogo
Rita Calçada
Romeu Costa
Wagner Borges
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