Outubro 2025

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Poema da Semana

"O propósito do teatro é fazer o gesto recuperar o seu sentido, a palavra o seu tom insubstituível, permitir que o silêncio, como na boa música, seja também ouvido, e que o cenário não se limite ao decorativo e nem mesmo à moldura apenas – mas que todos esses elementos, aproximados de sua pureza teatral específica, formem a estrutura indivisível de um drama."

Clarice Lispector

TM ACOLHIMENTO
Algures – Colectivo de Criação

27 mar a 7 abr 2019
qua a sáb, 21h30
dom, 16h

Teatro Meridional, Lisboa

90 min
M/12

no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite no fio do azeite

sinopse

Um músico está no palco a ensaiar. Toca o telefone e do outro lado é urgente ir buscar a filha Olívia à escola: há greve de professores. Começa a viagem para ir buscar a filha. O céu adquire uma cor vermelha de pôr do sol constante. E de repente tudo parou. Começa uma viagem que o faz regredir ao tempo em que se escondia num imenso olival. Agora sim, as músicas são novamente urgentes!

O que tem a escola a ver com um lagar? Ou melhor: quais as semelhanças entre uma azeitona e uma criança?
Carlos Marques, músico e criador, encontra-se em palco para nos questionar sobre os processos de produção e os métodos de ensino. Os métodos de produção intensos, rápidos e eficazes estão virados para o consumo instantâneo. Afinal de contas, agora nascemos e somos formados para as necessidades dos mercados. Será que deveremos ser mais do que meros temperos de um mundo consumista e industrial? Teremos que ser obedientes?

Este é um espetáculo de teatro ou um concerto ou uma aula cantada e divertida sobre a educação.

SOBRE O ESPETÁCULO

ANDAMOS A REBOQUE PORQUÊ?

Criar um espetáculo que reflete sobre Educação é entrar num mundo que parece não ter fim. Começamos por olhar para trás e fazer regressar memórias coletivas e individuais, questionando o que terá ficado em nós dos tempos de escola, dos seus conteúdos, dos professores, dos colegas, da família e da comunidade onde nos inserimos.
Mas afinal o que é educação? Mais difícil ainda, como fazê-la?
Não creio que as respostas sejam fáceis, até porque o sistema de ensino não se tem dado bem com a rapidez dos tempos da hipermodernidade – cultura do excesso, do intenso e do urgente, onde as mudanças, quase sempre ‘efémeras’, ocorrem no ritmo quase esquizofrénico de pressão sócio-temporal levada ao limite – uma sociedade em que o tempo é acelerado e extrapolado porque se dilui nas urgências.
A sensação que tenho, como contador de histórias (há mais de 12 anos em várias escolas), amigo, tio ou como pai é que a bagagem humana, criativa e emocional que uma criança carrega vai-se esfumando e que os miúdos são preparados para funcionar num sistema alienado e não para desenvolver suas potencialidades intelectuais, amorosas, naturais e espontâneas.
De fato, não me parece prudente insistir numa Escola fria e com programas cheios. É até perverso ocupar o tempo de uma criança com informações tão distantes dela enquanto há tanto conteúdo ndentro dela, que pode ser usado para que ela se surpreenda a ela própria. É chocante para uma criança, sobretudo no primeiro ciclo, o primeiro contacto com o “regime” escolar! Porém, os miúdos têm essa capacidade extraordinária de se adaptarem ao sistema “adulto”, “sério” e “profissional” do ensino.
Segundo o psicólogo chileno Cláudio Naranjo o sistema instrui e usa de forma fraudulenta a palavra ‘educação’ para designar o que é apenas a transmissão de informações. “É um sistema que quer um rebanho para robotizar.” A educação funciona como um grande sistema de seleção empresarial – passar nos exames, ter boas notas, títulos, bens, bons empregos, estabilidade financeira – e isso é uma distorção do que deveria ser o seu papel! Confunde-se educação com inteligência, com melhor desempenho, melhores notas e melhores recomendações para os currículos. Pergunta Naranjo: a pessoa com o QI mais alto do mundo será também a mais educada?
Já Gilles Lipovetsky, filosofo francês, teórico da hipermodernidade, defende que, termo-nos livrado do antigo sistema, que fomentava um nacionalismo agressivo e contribuiu para as guerras mundiais, já foi um grande passo. O filósofo defende que há um enorme trabalho a fazer na educação, aí está tudo por inventar, pois o caminho mais lúcido para conseguirmos reequilibrar as patologias do mundo contemporâneo e corrigir os excessos e desequilíbrios de uma sociedade que reduz o ser humano a uma espécie de ‘homo consumericus’ passará por reinventar a educação.
O que é que nos impede de criar uma escola diferente? De forma inocente afirmamos que seria simples apelar a uma transformação quando não há sistemas de educação obrigatórios na Europa e nem as famílias são obrigadas a educar os filhos desta ou daquela maneira. Sabemos, porém que a Educação não muda porque está ao serviço dessa sociedade de consumo urgente, descartável e globalizada. Karl Marx queria transformar o mundo e a consciência humana – talvez seja necessário começar por pensar a educação. É preciso refletir sobre esta para depois mudar alguns paradigmas. É um trabalho muito importante. A educação não tem que andar constantemente a adaptar-se aos tempos, ela tem que ter a capacidade para ser o motor dos tempos.

Podemos imaginar sistemas de educação diferentes?

Carlos Marques
Fevereiro de 2019 – Texto de encenação

ficha técnica

Criação, composição e interpretação Carlos Marques
Apoio à criação Susana Cecílio
Texto Jorge Palinhos
Vídeo de Cena Rodolfo Pimento
Desenho de Luz Pedro Bilou
Dispositivo Cénico Carlos Marques e Susana Cecílio
Voz off Ana Marques
Operação técnica Manuel Abrantes
Carpintaria José Manecas
Design Gráfico Susana Malhão
Produção Alexandra Jesus

fotografias de cena

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