de Nicolas Wright
2 out a 9 nov 2025
Teatro Meridional, Lisboa
21 abr 2017 – sex – 20h00-23h00;
22 abr 2017 – sáb – 10h30–13h30; 14h30-17h30;
23 abr 2017 – dom – 10h30–13h30; 14h30-17h30.
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Formador(es)
Marta Carreiras
apresentação
Em ano de comemoração tornaremos o Laboratório de Cenografia num espaço de elogio à criação. Convidámos a memória e o futuro para um encontro com o presente e faremos as conversas e as perguntas que fazem todos aqueles que já não se lembram bem do que aconteceu ou que fazem os outros sobre coisas que nunca viram ou que nem aconteceram ainda.
Indagaremos sobre a estética visual da Companhia, o que é a cenografia? Como se relaciona com a encenação, com o trabalho de actores ou as luzes?  O que surge primeiro, a personagem ou o figurino? o que é dramaturgia visual? Quais são os pressupostos que atravessam todas as criações? Quais os conceitos metodológicos de pesquisa ?
Este será um espaço que privilegia a reflexão teórica a partir da criação prática, por isso faremos a analise partindo de exercícios práticos. Contamos com o espaço do Teatro Meridional e com elementos de 5 espectáculos que compõem a temporada de reposições que o Teatro Meridional apresenta este ano.
Procuraremos encontrar um lugar actual de procura cénica que questiona os cânones clássicos dentro e fora das definições académicas, sem ter medo, porém, de chegar a lugares de conforto. Os exercícios finais resultarão em 5 instalações de vídeo que ocuparão o espaço do Teatro Meridional.
DURAÇÃO: 15 horas (3 sessões)
PÚBLICO-ALVO: Devido ao caráter multidisciplinar deste Laboratório, serão aceites candidaturas de diferentes áreas do saber; estudantes e profissionais das artes cénicas, professores, bailarinos, actores, cenógrafos, figurinistas, aderecistas, videastas, cineastas, artistas plásticos, encenadores, filósofos e matemáticos.
LOCAL: Teatro Meridional, Lisboa
inscrição e condições de pagamento
Valor: 100€
A pagar no acto de inscrição
biografias
MARTA CARREIRAS
40 anos
.Que nasceu no sitio certo, em Lisboa, da mãe certa e do pai certo.
.Que a António Arroio foi um pilar, e que a sua mãe estava atenta e sabia que essa seria uma escolha que a filha agradeceria a vida toda.
.Que o Colégio Moderno, deixou algumas marcas, mas foi sobretudo importante para perceber o contraste da chegada à Escola António Arroio.
.De como foi feliz o dia, no ano de 1994 em que não entrou para Belas Artes e pôde desistir do IADE, pois tinha sido aceite numa escola estranha com bailarinos e músicos e atores todos a viver no mesmo edifício – Conservatório de Teatro na Rua dos Caetanos no Bairro Alto.
.E aquele outro dia em que uma senhora (que só depois veio a saber que era a Natália Luiza) entrou na sua aula, e disse:
.Quem é que quer trabalhar? – Ela levantou o braço, foi com a senhora e ainda hoje vai com ela sempre que ela a leva, mas agora já não levanta o braço. E foram juntas para o Teatro Universitário e depois um dia, algures em 1996, chegou com ela a uma companhia chamada Teatro Meridional e aí sim, aí é que a coisa se complicou porque sem saber ainda muitas coisas, mudou-se para lá e ainda hoje lá mora.
.Ao longo dos anos lembra-se de frases que se repetem como as do Miguel Seabra – “Ainda não é isso, continua a procurar..” e ela continua e continua sempre… E há muitas coisas que lhe foram dizendo os experientes que ela só percebeu muitos anos depois, outras que ainda está a tentar perceber hoje.
.Depois, ou ao mesmo tempo surge a família e os filhos que embora pequeninos já perceberam que isto do Teatro lhes tira muito tempo da mãe, dá-lhe muita canseira, não vai fazê-la rica mas prega-lhe um sorriso na cara que muito provavelmente tem a ver com felicidade.
.E foram muitos os grupos, as companhias, as pessoas, o Carlos do Rosário, a Ana Nave, o António Feio, o Pedro Sena Nunes, a Ana Rita Barata, a Truta, a Maria João Luís, a Núria Mencia, o José Peixoto, a Madalena Wallenstein, a Sofia de Portugal, a Marina Nabais, e o Nuno Pino Custódio, com quem trabalhou muito na sua Estação Teatral e com quem partilha as suas deliciosas teorias sobre o papel do Teatro na vida e da vida no Teatro.
.E com todos e cada um, procurou a linguagem singular de cada espectáculo, trabalhou em cumplicidade construindo também a identidade de cada objecto, e foi desenvolvendo para si própria, um olhar e um discurso sobre o Teatro, a comunicação e o papel que deve ocupar cada espaço cénico e figurino na dinâmica da cena.
.E como resistir àqueles que fazem tudo à nossa frente durante uma hora e tal e depois saímos dali maravilhados mas carregando uma inquietação enorme por não termos a menor ideia de como aquilo se faz, tipo Kike Diaz, ou Anne Teresa Keersmaeker, ou Pina Baush ou tanta gente….
.E depois de contar, são 77 espectáculos em 40 anos. Ela acha que tem muita sorte.
.Hoje faz parte da direção da APCEN- Associação Portuguesa de Cenografia
fotografias



