de Nicolas Wright
2 out a 9 nov 2025
coprodução Teatro Meridional e Teatro Nacional S. João para o PoNTI 99
12 jan a 5 mar 2000
Teatro da Comuna, Lisboa
105 min
M/12
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sinopse
Poucas vezes, para não dizer nenhuma, sabemos como queremos que seja o resultado final de um espectáculo no dia em que começamos os ensaios. Mas sempre, ou quase sempre, sabemos como não queremos que seja. Esses desejos negativos por vezes são os mais apropriados para a construção teatral, ao não forçar os actores a encarnar personagens preconcebidas e permitir que personagens de carne e osso – aquelas que cada actor cria e são exclusivamente dele – ganhem pouco a pouco a força e o direito de existir. Neste caso sabíamos de antemão que este espectáculo não podia ser uma recriação do universo real, vital, oral, racial de que Mia Couto partiu para inventar o seu universo literário. Não podemos nem queremos percorrer o mesmo caminho do autor. Porque não somos moçambicanos e porque não estamos interessados na arqueologia teatral. O espectáculo em que nós acreditamos é algo vivo, que nasce dos actores que o interpretam, capazes de comunicar com o público porque o espectáculo lhes pertence. Mas esse conceito não é só teatral: já está também implícito no romance A Varanda do Frangipani. Se o texto nos fascina é também porque supera as suas especificidades nacionais falando de coisas tão universais como a amizade, o amor, o poder, a capacidade do sonho e a humanidade que são capazes de ultrapassar as diferenças raciais, geracionais ou de qualquer outro tipo entre os seres humanos. Esta solidariedade essencial – para além de todo o género de diferenças, da ignorância ou do ódio – é um valor universal. Como também o é a capacidade de poetizar o terrível e de sonhar com a esperança no meio do pior dos mundos. De tudo isto procuramos falar neste espectáculo. À nossa maneira, procurando um universo impossível, inventado, tirado das imagens que nos sugere o texto e das nossas vivências pessoais. É um espectáculo europeu, não africano. Mas acima de tudo queremos que seja um espectáculo humano, vivo e imaginativo, despido e rigoroso, porque são essas as características que nos chamaram a atenção no texto de Mia Couto. E para além das escolhas formais realizadas intencionalmente – como seja o virar a cor dos actores fazendo um negativo da realidade moçambicana (que maior desafio para um actor branco fazer de preto e vice-versa?), ou a síntese cenográfica, ou ainda o universo ondulantemente sonoro – é sempre através do jogo dos actores, da desconstrução dos códigos, da procura da ternura e da magia por intermédio do Humor e da leveza, que a nossa história será contada.
ficha técnica
Autor Mia Couto
Adaptação e Dramaturgia Julio Salvatierra
Encenação Miguel Seabra e Alvaro Lavín
Concepção do Espectáculo e Desenho de Luzes Teatro Meridional
Actores Ângelo Torres, Filipe Duarte, João Ricardo, Marta Furtado, Natália Luíza e Paulo B
Música Original Alexandre Delgado (Intérprete Violoncelo) e Irene Lima
Figurinos Marta Carreiras
Apoio Cenográfico Patrícia Portela
Direcção Técnica Julio Salvatierra e José Rui Silva
Assistente de Encenação Conceição Costa Cabral
Realização de Figurinos Isabel Magro
Técnico de Luz e Som José Rui Silva
Fotografia e Vídeo Henrique Delgado e Pedro Sena Nunes
Realização Gráfica João Nuno Represas
Produção Executiva Mónica Almeida
Assistência de Produção André Pato
Consultadoria Jurídica Diogo Salema da Costa
Co Produção Teatro Meridional e Teatro Nacional S. João para o PoNTI 99
Agradecimentos: Mia Couto, José Sucena, José Pedro Caiado, Miguel Abreu, Maria Regina Pato, Patrícia Vasconcelos e Teatro O Bando
ESTREIA
10 e 11 dez 1999, Balleteatro Auditório, Porto
TEMPORADA TEATRO DA COMUNA, LISBOA
12 jan a 5 mar 2000
ITINERÂNCIA 2000
27 mar, Teatro Académico de Gil Vicente, Coimbra
PRÉMIOS
Prémio António José da Silva, O Judeu – Melhor Encenação – FIT Almada 2000
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